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 | 04/07/2008 13h15min

Tuma diz que extradição de Cacciola é "golpe à impunidade"

Secretário nacional de Justiça ressalta que processo foi absolutamente legal e cumpriu os trâmites necessários

O secretário nacional de Justiça do governo, Romeu Tuma, considerou que a extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, aprovada nesta sexta-feira por Mônaco, representa um "golpe à impunidade" e prova que "a justiça demora, mas chega".

O banqueiro ítalo-brasileiro foi processado no Brasil e condenado à revelia a 13 anos de prisão por fraude financeira e desvio de dinheiro público, que, em janeiro de 1999, causou ao erário perdas equivalentes a cerca de US$ 1,2 bilhão da época. Ele estava foragido desde 2000, quando deixou o Brasil e foi para a cidade italiana de Milão, onde havia nascido, em 7 de janeiro de 1944. O empresário acabou sendo detido em 15 de setembro em um hotel do Principado de Mônaco, onde está detido desde então.

A extradição ao Brasil foi aprovada hoje pelo príncipe Albert, o que, segundo Tuma, prova que "o processo foi absolutamente legal e cumpriu todos os trâmites da justiça monegasca". A defesa de Cacciola, que tentava impedir sua extradição, alegava que havia supostos "vícios processuais" que impediriam a entrega de seu cliente ao Brasil.

Cacciola era dono dos bancos Marka e FonteCidam, que, em 1999, receberam auxílios irregulares do Banco Central no valor de R$ 1,6 bilhão. O Marka e o FonteCidam estavam à beira da falência por arriscadas operações financeiras nas quais se envolveram tentando pescar em meio à desordem causada por uma inesperada desvalorização do real. Pelo escândalo, o ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes foi condenado a 10 anos de prisão.

Entenda o caso 

>  Foragido do Brasil desde 2000, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola foi preso pela Interpol em Mônaco, em setembro de 2007. Desde então, o governo brasileiro tenta a extradição do ex-dono do banco Marka. 

>  Cacciola é condenado por desvio de fundos e gestão fraudulenta. Segundo a Justiça, o prejuízo causado ao Tesouro ficaria em torno de R$ 1,5 bilhão. O caso ocorreu na desvalorização do real, em janeiro de 1999.

EFE
Cacalos Garrastazu, BD, 14/05/1999  / 

Cacciola (foto) é procurado por desvio de fundos e gestão fraudulenta
Foto:  Cacalos Garrastazu, BD, 14/05/1999


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